Olá, meus amados dorameiros e fãs do universo asiático! Espero que você esteja muito bem.
Hoje decidi escrever livremente, como em uma conversa, porque me dei conta da loucura que cometi ao começar a assistir a uma novela coreana de 100 episódios – que, no momento em que escrevo, ainda está sendo transmitida.
Eu sabia que não deveria ter feito isso: 1) Começar uma novela de 100 episódios; e 2) Uma novela em transmissão.
Acontece que eu estava a fim de assistir a algo bem conto de fadas, sabe? Então, quando li a sinopse da novela, pensei: “Ah, vamos lá, qualquer coisa a gente desiste.”
Confira a sinopse da novela primeiro e, depois, eu vou falar o que achei até agora, estando por volta do episódio 60.
Cinderella Game: Sinopse
Goo Ha-na é a irmã mais velha da família e sempre carregou o mundo nas costas. Depois que seus pais adotivos morreram, ela virou a responsável por tudo, trabalhando duro para sustentar a casa. Sobre seus pais biológicos? Nada. Ela nunca soube quem eram.
Até que, um dia, Hwang Jin-goo aparece com uma história maluca: diz que alguém – que com certeza não é a mãe biológica dela – está esperando por ela. E, do nada, Ha-na descobre que é herdeira de uma família poderosa. Simplesmente virou uma Cinderela da noite para o dia! Agora, ela é Yoon Yu-jin e, para piorar, acabou se tornando prima de Se-young, sua maior rival.
Mas o que ela não sabia era que estava sendo manipulada. Na verdade, estava sendo usada como uma filha falsa pela presidente Shin Yeo-jin, que, com a ajuda de Hwang Jin-goo, inventou todo esse “Jogo da Cinderela”.
Primeiras impressões
Os primeiros episódios apresentam nossos protagonistas e antagonistas quando criança.
A jovem herdeira de uma família rica, Yoon Yu-jin, tem 10 anos e, em um dia comum, sai com o pai e a prima e acaba se perdendo. Ela sofre um naufrágio, perde a memória e vai parar em um orfanato.
Yoon Se-young, sua prima, é parcialmente responsável pela tragédia, pois escolheu ficar calada sobre o paradeiro da garota.
Em um lugar próximo dali, temos a pequena Goo Ha-na, uma órfã que sofre abusos da família adotiva e, por isso, retorna para o orfanato – o mesmo onde a desmemoriada herdeira Yoon Yu-jin é acolhida.
Ali, as duas meninas se tornam grandes amigas e criam um laço que durará a vida toda, ou, melhor dizendo, até após a morte de uma delas.
Cada uma das garotas é adotada, mas a pequena herdeira se muda para os Estados Unidos com sua nova família, dificultando ainda mais as chances de ser encontrada por sua mãe, a presidente Shin Yeo-jin.
Anos se passam, e a novela mostra nossa pobre heroína com cerca de 30 anos, dando um duro danado na vida, passando por mil e uma dificuldades e ainda por cima com uma criança a tiracolo.
Descobrimos nos episódios seguintes que o menino é filho de sua grande amiga Yoon Yu-jin, que faleceu em um misterioso acidente de carro. Ou seja, a criança que nossa desafortunada Cinderela cria é o único herdeiro da presidente Shin Yeo-jin.
O jogo começa por conta desse menino, pois a presidente descobre sobre a morte de sua filha e, desconfiada de que aquela tragédia não foi um mero acidente, precisa protegê-lo.
E de que forma ela faz isso? Enganando a todos, inclusive Goo Ha-na, alegando que ela é sua filha perdida há 20 anos. Seu objetivo é trazer o neto para perto de si, sem levantar suspeitas.
Assim, do dia para a noite, Goo Ha-na se torna Yoon Yu-jin e entra no jogo da Cinderela.
Resenha de Cinderella Game
Se você busca uma novela realista, não perca seu tempo, pois Cinderela Game definitivamente não tem esse perfil.
Desde o desaparecimento da pequena herdeira até o fato de uma família poderosa não conseguir encontrá-la, já fica claro que a novela não pretende ser muito convincente.
Se você quer romance e cenas fofas, também não recomendo, pois o romance NÃO é o forte dessa novela.
Na verdade, o grande atrativo de Cinderela Game é fazer o telespectador passar raiva (sim, gente, quem disse que a raiva não prende o telespectador?).
Goo Ha-na sofre quando criança, sofre quando adolescente e sofre quando adulta. E não por ser pobre, mas porque quer ter uma família e, no lugar disso, só recebe pancada atrás de pancada. Até mesmo quando se torna filha de uma família rica, continua sofrendo.
Personagens que dão raiva
Goo Ha-na é aquele tipo de personagem que eu não curto. Aquela personagem sofredora, que apanha e não revida… Altruísta demais, com muita fé na humanidade.
Por conta dessa personalidade ela sofre e a gente sofre junto com ela. Mesmo assim, não consegui desgostar dela, mas acredito que foi por conta do enredo, e não pela personagem em si. Eu assisto com aquela expectativa de que em breve “os humilhados serão exaltados”.
Agora vamos falar do personagem masculino principal. O nome da criatura é Hwang Jin-goo.
Bem… o que dizer desse personagem? Para mim, ele definitivamente tem sua função na história, mas a química entre ele e nossa cinderela foi toda diluída no rio Han.
Confesso que em todas as potenciais cenas românticas entre os dois eu pulava. Não sei dizer se era o ator ou personagem que era esquisito. Veja bem, ele era noivo da prima antipática da Yoon Yu-jin. Ambos eram igualmente desinteressados um pelo outro, mas estavam em um relacionamento apenas para agradar a presidente Shin Yeo-jin.
O homem não tem brio, não tem emoção, não tem virilidade. A noiva insuportável pinta e borda com ele.
“Ah, então ele é um personagem odiável?” Não, ele não é! Hwang Jin-goo é necessário para a história, mas… sei lá… .
Destaque para a pequena vilã
A novela tem duas vilãs: Yoon Se-young, prima da falecida Yoon Yu-jin e a víbora da sua mãe. (Desconfio também que a presidente Shin Yeo-jin também é uma espécie de vilã).
Aqui vou dar destaque apenas para a Yoon Se-young, pois eu não tenho remédio para pressão alta.
Aplausos para a Park Ri-won, a atriz que interpreta a Yoon Se-young. Levando em consideração que é tudo atuação, a interpretação dela é digna de um prêmio.
Minha gente, eu quero acreditar que a atriz é muito, muito boa atriz, pois eu não me lembro de assistir algo com uma personagem tão insuportável como essa. Mimada, autoritária, egoísta, egocêntrica, antipática… a personagem é o puro suco do ranço.
Ela maltrata e maltrata nossa cinderela, que… pasmem… nunca revida (até quando ela tem a oportunidade de revidar – que é quando ela assume o papel da filha perdida da presidente – ela continua sendo pisoteada por essa “prima” má).
Vale a pena assistir Cinderella Game?
Depois de tudo que eu falei, você imagina que eu não recomendaria a novela. Como eu posso explicar… a novela é interessante e eu recomendo sim!
O enredo prende, mesmo com toda a raiva que a gente passa. Talvez porque os personagens não são nada simples e a história em si é mais intrigante ainda e faz a gente querer saber como tudo irá finalizar.
Perguntas como:
“O que vai acontecer quando Goo Ha-na descobrir o jogo?”.
“O que vai acontecer com Lee Eun-chong, o filho de sua amiga que ela cria desde um ano de idade?”.
“Como ficará o relacionamento entre neto, avó e Goo Ha-na, como mãe adotiva do menino?”
Esses são alguns questionamentos que me farão assistir essa bagaça até o fim, custe o que custar!
Mas eu quero saber sua opinião. Escreva para mim nos comentários o que você acha de Cinderela Game.