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Indicação de doramas escolares – Com resenha; Parte 2

Resolvi escrever uma parte 2 de indicação de dramas escolares, pois confesso que esse estilo de dorama é uma caixinha de surpresa e conseguimos encontrar verdadeiras pérolas nesse gênero.

Sendo eu da época de Malhação – da época boa de Malhação – é realmente gratificante acompanhar doramas com temáticas escolares, ainda que eu tenha mais de 35 anos!

Espero que você curta minha recomendação de hoje. Então vamos lá!

Escola 2017 (2017)

  • Elenco principal: Kim Se-jeong, Kim Jung-hyun, Jang Dong-yoon
  • Sinopse: Ra Eun-ho é uma estudante do ensino médio sonhadora e cheia de esperanças, mas acaba sendo injustamente envolvida em um caso de vandalismo escolar. Enquanto tenta provar sua inocência, ela descobre os desafios e segredos por trás do sistema escolar.

Escola 2017 – Resenha

Acho que quem não é muito fã de dramas escolares iria se surpreender com Escola 2017, e da melhor forma possível.

A trama, apesar de leve e divertida em muitos momentos, mergulha de cabeça em questões profundas e extremamente relevantes, abordadas com sensibilidade e inteligência.

Ra Eun-ho não é a aluna exemplar da escola. Pelo contrário: suas notas são baixas, ela vive no fim do ranking acadêmico e o que realmente ama é desenhar. Mas em um sistema que valoriza apenas números e desempenho, seus talentos passam despercebidos — até que tudo muda após uma confusão envolvendo um misterioso aluno justiceiro, apelidado pelos colegas de “X”.

A história começa a ganhar corpo quando, após uma série de eventos, Eun-ho é pega em uma situação comprometedora e mal compreendida. A partir daí, somos levados a refletir sobre injustiças, favoritismos, desigualdades e as pressões sufocantes que o sistema escolar impõe sobre jovens ainda em formação.

Fiquei impressionada com a forma como Escola 2017 expõe a realidade de alunos que são, muitas vezes, tratados como máquinas de notas.

A série levanta questionamentos fortes: quem não pode pagar cursinhos, quem não tem influência, não merece uma chance? As notas são realmente o único critério que importa? Tudo isso é retratado com uma delicadeza tocante, sem perder o ritmo e a leveza típicos dos dramas adolescentes.

A química entre Ra Eun-ho e Tae Woon é um charme à parte. O romance dos dois é doce, ingênuo e perfeitamente encaixado no contexto escolar — nada forçado ou exagerado. E, para a minha alegria, não há triângulo amoroso para atrapalhar a conexão natural que surge entre eles.

A trilha sonora também merece destaque: aparece nos momentos certos, reforçando as emoções da trama. O elenco, em sua maioria formado por atores novatos, entrega atuações incríveis e carismáticas.

Se você procura um dorama que seja mais do que só romance colegial, que provoque reflexões e, ao mesmo tempo, aqueça o coração — dê uma chance a Escola 2017. É uma daquelas histórias que fazem a gente lembrar por que nunca devemos desistir de nós mesmos.

Meninos Antes de Flores (2009)

  • Elenco principal: Lee Min-ho (Herdeiros), Ku Hye-sun, Kim Hyun-joong
  • Sinopse: Um dos doramas escolares mais marcantes de todos os tempos, acompanha Geum Jan-di, uma garota humilde que ganha uma bolsa em uma escola da elite coreana. Lá, ela acaba se envolvendo com um grupo de quatro garotos ricos, bonitos e extremamente influentes – o lendário F4.

Meninos Antes de Flores – Resenha

Baseado no mangá japonês Hana Yori Dango, Meninos Antes de Flores – ou Boys Over Flowers, para os mais íntimos – é aquele clássico que você pode até tentar criticar, mas dificilmente consegue esquecer. Lançado em 2009, quando os doramas coreanos ainda estavam restritos ao público asiático, essa história virou um verdadeiro fenômeno. E com razão.

Geum Jan-di é uma garota comum, filha de lavadeiros, que acaba salvando a vida de um estudante da prestigiada Shinhwa High. Como recompensa, recebe uma bolsa de estudos para essa escola onde só a nata da elite coreana estuda. É lá que ela conhece os meninos do F4 – um grupo de garotos ricos, influentes e, claro, incrivelmente bonitos.

Entre eles, está Goo Joon-pyo (Lee Min-ho), herdeiro de um conglomerado bilionário e líder do grupo, conhecido por sua arrogância e prazer em humilhar quem considera inferior.

Mas, como todo bom clichê (que a gente ama), ele se vê completamente rendido pelo jeito forte e sincero de Jan-di – para o total desgosto de sua mãe controladora.

Temos também o sensível Ji-hoo (Kim Hyun-joong), o mulherengo Yi Jeong (Kim Bum) e o misterioso e leal Woo Bin (Kim Joon). Cada um com seus traumas e bagagens, todos acabam transformados pela presença de Jan-di.

Apesar de todos os clichês e exageros – sim, eles existem aos montes – a série conquista. É impossível não se apegar aos personagens, mesmo quando fazem escolhas duvidosas.

A trama mistura romance, drama familiar, rivalidades, bullying, diferenças de classe e muitos momentos de tensão emocional. E, embora em alguns pontos os temas mais pesados sejam romantizados (como o relacionamento tóxico entre Jan-di e Joon-pyo), é possível assistir com um olhar mais crítico e perceber os erros e acertos da narrativa.

É importante lembrar: Boys Over Flowers é um produto do seu tempo. Produzido em 2009, alguns comportamentos, principalmente na forma como os homens tratam as mulheres, causam certo desconforto nos dias de hoje.

Mas, em vez de julgar com os olhos de 2025, vale a pena entender o contexto cultural da época e como a produção representava um reflexo da sociedade coreana daquele momento.

Visualmente, o drama é um show à parte. Os cenários naturais são lindíssimos, o figurino é marcante – com direito a muito estilo metrossexual, roupas ousadas e criativas – e até os looks da Jan-di, mesmo representando sua condição financeira mais humilde, carregam personalidade e autenticidade.

A trilha sonora é simplesmente viciante, daquelas que grudam na cabeça e no coração. E os atores, mesmo muitos sendo novatos na época, entregam performances intensas e marcantes. Lee Min-ho, aliás, explodiu depois desse papel – e não foi por acaso.

No fim das contas, Meninos Antes de Flores é um dorama cheio de falhas e ao mesmo tempo repleto de charme. Um verdadeiro clássico que, apesar de suas polêmicas e exageros, marcou uma geração e segue conquistando fãs até hoje. Se você ainda não viu, vale a experiência – nem que seja para entender por que tanta gente até hoje suspira por Jun-pyo, Ji-hoo e companhia.

Love Alarm (2019)

  • Elenco principal: Kim So-hyun, Song Kang, Jung Ga-ram (Investimento de Risco)
  • Sinopse: Em um mundo onde um aplicativo chamado Love Alarm avisa quando alguém que está por perto tem sentimentos por você, Kim Jojo se vê no centro de um triângulo amoroso entre dois amigos de infância — Hwang Sun-oh, um garoto rico e impulsivo, e Lee Hye-yeong, gentil e silencioso, que guarda há anos um amor por ela. Mas até que ponto a tecnologia pode decidir quem devemos amar?

Love Alarme – Resenha

Eu gosto de polêmica, então vamos lá!

É muito provável que você já ouviu falar desse dorama. Ele possui uma avaliação bem baixa no Google (nota 3.4) tudo por conta do seu polêmico final. Eu entendo a opinião da maioria, mas confesso que a série foi muito injustiçada.

Além do clichê

Love Alarm é uma daquelas séries que, de cara, parecem seguir uma fórmula comum dos doramas românticos, mas aos poucos se revela uma história mais profunda, emocional e crítica.

Com uma premissa que envolve um aplicativo que revela sentimentos amorosos, a série provoca uma reflexão direta sobre como a tecnologia vem moldando (e limitando) nossas relações humanas.

De início, é impossível não se encantar com o casal Sun-oh e Jojo. Há uma química vibrante entre os dois, e a forma como ele, impulsivo e ferido emocionalmente, se lança nessa paixão parece prometer um romance arrebatador.

Mas logo nos deparamos com o dilema moral: Sun-oh sabia que seu melhor amigo, Hye-yeong, já gostava de Jojo — e mesmo assim avançou.

Essa “talaricagem”, por mais polêmica que seja, é o estopim de um drama emocional muito mais complexo do que aparenta.

É aqui que Love Alarm mostra sua força. Ao contrário de outros doramas que apenas mudam os pares por capricho do roteiro, sem dar profundidade aos personagens, essa história se preocupa em desenvolver bem cada trajetória.

A série não se resume ao amor juvenil, mas sim à jornada da protagonista Kim Jojo em curar suas feridas emocionais e aprender a reconhecer o amor verdadeiro — aquele que respeita seus limites, que não exige máscaras, e que a acolhe sem pressão.

Se Sun-oh é o amor arrebatador da adolescência, Hye-yeong representa o amor maduro, construído no silêncio, no apoio constante, e na paciência de quem não exige ser correspondido, mas está sempre presente. E é justamente esse contraste que move toda a narrativa: a diferença entre amar intensamente e amar com maturidade.

Os personagens secundários também brilham. Duk-gu, o garoto invisível que se torna o desenvolvedor do aplicativo, representa a redenção e o poder da inteligência emocional. Gul-mi, a prima de Jojo, é o retrato da busca desesperada por validação — mesmo que por caminhos errados. Yuk-jo, por sua vez, surpreende com sua sensibilidade e compreensão diante de um relacionamento que não foi recíproco.

O final não esperado pela maioria – Spoiler!

A série divide opiniões, especialmente com o final, que foge dos clichês esperados.

Jojo não fica com o “mocinho bonito e popular”, e sim com quem sempre esteve ao seu lado — mesmo quando o mundo (e o próprio aplicativo) parecia apontar outra direção. Isso gerou frustração para quem torcia por Sun-oh, mas trouxe um sopro de realismo e autenticidade raro nas produções do gênero.

Love Alarm é sobre a dor de crescer, o peso dos traumas e a beleza de um amor construído dia após dia. É sobre superar o passado, acolher a própria história e, só então, estar pronta para amar de verdade. Pode não agradar a todos — e tudo bem —, mas certamente é um dorama que deixa marcas, levanta discussões importantes e reverbera por muito tempo após os créditos finais.

Se você busca um romance que vai além da superfície e traz temas como maturidade emocional, relações humanas reais e a influência da tecnologia nos afetos, Love Alarm é, sem dúvida, uma excelente escolha.

Indicação de dramas escolares – Conclusão

Bem meus queridos, hoje foram somente três recomendações, pois eu acabei me empolgando e escrevendo mais do que o esperado!

Espero que vocês tenham gostado, por isso deixe sua opinião abaixo nos comentários. Nos vemos por aí!

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