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Goblin: O Solitário e Grande Deus – Resenha

Goblin conta a história de Kim Shin, um ser imortal e protetor das almas, condenado a vagar pela eternidade. Para finalmente descansar, ele precisa encontrar sua noiva humana, a única capaz de libertá-lo desse destino.

Ji Eun Tak (Kim Go-eun) é uma estudante do ensino médio com um passado doloroso, mas que, inesperadamente, consegue convocar o Goblin (Gong Yoo, de Round 6). Assim, a jornada dos dois começa, cheia de magia, amor e destino.

Paralelamente, Kim Shin divide sua casa com um Ceifador, um ser misterioso responsável por guiar almas para o além. Ele também tem sua própria história dramática, envolvendo Sunny, uma carismática dona de restaurante que encanta todos ao seu redor. O destino dessas quatro vidas se entrelaça de forma profunda e surpreendente.

Enredo

Como fã de fantasia, fiquei completamente envolvido pela trama de “Goblin”. O dorama traz um universo rico e bem construído, cheio de segredos e reviravoltas. A história não se limita ao romance, mas explora também elementos de mitologia e destino de uma maneira emocionante.

O diferencial do enredo está no fato de apresentar duas histórias de amor paralelas, ao contrário do clichê do triângulo amoroso. Isso torna a experiência ainda mais intensa, levando o espectador das lágrimas ao riso em questão de segundos.

Se houvesse algo a melhorar, talvez fosse o ritmo inicial da narrativa, que demora um pouco a se intensificar. A introdução de certos personagens poderia ter ocorrido mais cedo para evitar o que li em alguns lugares: telespectadores desistindo de assistir por achar os primeiros episódios chatos.

Isso quase me ocorreu, e só não desisti porque achei a sinopse muito boa e os comentários de quem já havia assistido também eram bastante positivos.

Histórias Passadas

Os flashbacks e revelações sobre as vidas passadas dos personagens são um dos pontos altos do dorama. Descobrir como tudo está interligado é fascinante e dá ainda mais profundidade à história. Mesmo tendo deduzido algumas ligações antes das revelações, isso não diminuiu o impacto emocional de cada cena.

Quando as conexões entre Kim Shin, Sunny e o Ceifador se tornam evidentes, fica claro o quanto seus destinos estão entrelaçados de forma trágica e inescapável.

O Romance

O romance é um dos elementos mais fortes de “Goblin”, e me vi completamente envolvido com ambos os casais.

Kim Shin e Ji Eun Tak

Confesso que demorei um pouco para aceitar o relacionamento entre Kim Shin e Eun Tak, talvez pela grande diferença de idade aparente entre eles. No entanto, conforme a história avança, o amor entre eles se desenvolve de maneira encantadora e convincente. As cenas gravadas no Canadá são especialmente belas e reforçam a conexão do casal.

Ceifador e Sunny

Se eu pudesse descrever esse romance em uma palavra, seria “devastador”. O Ceifador, com sua personalidade ingênua e inexperiente no amor, contrasta com a confiante e determinada Sunny. A história deles é repleta de momentos engraçados e fofos, mas também profundamente tristes.

SPOILER: O momento em que eles entram juntos na casa de chá e depois renascem em uma nova vida é de cortar o coração, mas também dá uma centelha de esperança.

Bromance

Não posso deixar de mencionar a amizade icônica entre o Goblin e o Ceifador. A interação entre eles é um dos grandes diferenciais da série. Do início ao fim, a parceria dos dois proporciona momentos hilários e memoráveis. A cena da “caminhada dramática” para salvar Eun Tak é um dos momentos mais marcantes do dorama.

Além disso, ambos carregam seus fardos: enquanto Kim Shin teme sua própria mortalidade, o Ceifador sofre por sua incapacidade de se conectar plenamente com os humanos. Essa dualidade os torna ainda mais interessantes.

Trilha Sonora e Cinematografia

A trilha sonora de “Goblin” é impecável. Canções como “Beautiful Life” de Crush e “I Will Go to You Like the First Snow” de Ailee intensificam as emoções das cenas e marcam a memória do espectador.

A cinematografia é outro ponto altíssimo. A série é visualmente deslumbrante, com paisagens arrebatadoras, enquadramentos bem trabalhados e uma paleta de cores que contribui para a atmosfera mística do dorama.

O Final de Goblin

O desfecho de “Goblin” é uma montanha-russa emocional. Os últimos três episódios foram intensos, e chorei em vários momentos. A despedida de Sunny e Ceifador é especialmente dolorosa, e ver Kim Shin sozinho novamente dá um aperto no coração. A reunião de Shin e Eun Tak no final traz algum alívio, mas a ideia de que ele passará incontáveis anos sozinho entre suas vidas deixa um gosto agridoce.

Conclusão

“Goblin” é um dorama excepcional, com uma história emocionante, personagens cativantes e uma trilha sonora marcante. Apesar dos episódios longos, cada minuto vale a pena. O dorama é capaz de fazer você rir, se emocionar e chorar, deixando uma marca inesquecível no coração.

Confesso que o final não era o que eu esperava. Há quem diga que o final deles foi feliz, mas eu me pergunto se realmente foi. Ou eu não entendi direito?

Veja bem, Eun Tak reencarna após sessenta anos com suas memórias de sua vida passada e reencontra Kim Shin do mesmo jeito, ou seja: imortal.

O objetivo dele era torna-se mortal, afinal, ele já vivia há quase um milênio sozinho, enquanto todos a sua volta morriam, claro. Assim, para mim ficou aquela ideia de que um dia Eun Tak iria envelhecer e morrer e então ele novamente ficaria sozinho.

Apesar de gostar muito de Goblin, eu me pergunto por que o roteirista fez isso comigo! Fui dormir com aquele nó na garganta e passei vários dias pensando naquele final.

E você? Você concorda comigo ou acha que tem uma outra explicação para esse final? Conta para mim nos comentários.

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